Una palabra dentro de una vaina. Una regadera llena de letras. Una forma de ser mente. Una opción deliciosa a la sopa de letras: judías verdes de palabras. No hay duda, quien no siembra no come. La palabra, eso sí, como canta Camané, puede ser un abismo o un abrigo. Pero, a riesgo de ser pesada, la semilla siempre será mente.Camané, As palavras, de su disco Sempre de mim
São as palavras que eu digo
Meu abismo e meu abrigo
Partilha de pão e espanto
Lucidez que desatina
Chão sagrado onde germina
A semente do meu canto
Palavras a que eu entrego
Prazer e desassossego
Tormento e consolação
A quem pergunto e respondo
Quando me exponho e me escondo
Entre a crença e a razão
Palavras que reinvento
Meu desafio e sustento
Pedras de luz e de lodo
Companheiras do caminho
Maneiras de eu estar sozinho
Abraçando o mundo todo
Palavras que só mereço
Se em troca do que lhes peço
Der tudo o que posso dar
Se um dia as não merecer
Que as não consiga dizer
E que eu deixe de cantar
Um dia, se as não merecer
Que as não consiga dizer
E que eu deixe de cantar
