martes, 8 de febrero de 2011

Rumbos


Todo el abanico del sur es lo que tengo como rumbo. Todo el abanico del norte es lo que presiento. Creo que aún teniendo por brújula ese potente artefacto igual me perdería. Y cuando me pierdo suelo atender a la temperatura. El frío del norte me despeja y me agarrota a la vez. El calor me excita y me pone rumbo al fuego. Sé que las estrellas son inalcanzables, de ahí que navegar a remo y andar a pie sea el más próspero resultado de lo que me resta de vida. Espero que ésta se alargue lo suficiente.



Chão de Estrelas
Maysa

Composición: Silvio Caldas / Orestes Barbosa

Minha vida era um palco iluminado
Eu vivia vestido de dourado
Palhaço das perdidas ilusões
Cheio dos guizos falsos da alegria
Andei cantando a minha fantasia
Entre as palmas febris dos corações
Meu barracão no morro do Salgueiro
Tinha o cantar alegre de um viveiro
Foste a sonoridade que acabou
E hoje, quando do sol, a claridade
Forra o meu barracão, sinto saudade
Da mulher pomba-rola que voou
Nossas roupas comuns dependuradas
Na corda, qual bandeiras agitadas
Pareciam estranho festival
Festa dos nossos trapos coloridos
A mostrar que nos morros mal vestidos
É sempre feriado nacional
A porta do barraco era sem trinco
E a lua, furando o nosso zinco
Salpicava de estrelas nosso chão
Tu pisavas nos astros, distraída,
Sem saber que aventura desta vida
É a cabrocha, o luar e o violão.